sábado, 25 de maio de 2013

As gravuras não sabem nadar!



Parte integrante do Parque Arqueológico do Vale do Côa, o Museu do Côa veio rematar a estruturação física para a criação de condições do estudo e preservação deste local classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 2 de Dezembro de 1998.


 

Os mais de 70 núcleos de arte actualmente identificados estendem-se por cerca de 30 km, no rio Côa, e 15 km no rio Douro.





Imaginado pelos arquitectos Pedro

 Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, do 

Porto, a implementação do grande 

bloco de xisto tentou integrar-se na 

paisagem respeitando geologia e 

topografia do terreno. 









No maior conjunto de arte rupestre ao ar livre do mundo, o museu que faz lembrar uma gruta...







...possibilita a visualização interpretação do mundo Vale do Côa nos últimos 25 000 anos.




Sabia que já foram descobertas 1150 rochas (incluindo gravuras e pinturas), feitas desde o Paleolítico Superior até aos nossos dias? 
(Museu do Côa - Cartaz- Eventos - Maio 2013)




  Antropomorfo















Mustelídeo 


Híbrido
 PEIXE






 Auroque








            Signo


 Rudícapríneo                             Cervídeo
                                               




                                  Capríneo

Equídeo



QUADRÚPEDE


Abrasão         Filiforme      Picotado                Pincelado                NÉON


E porque nos motivos gravados em Foz Côa não se encontra a definição de besta bípede, onde se integrariam personagens como Miguel Sousa Tavares ou Mira Amaral, que por vezes assumem mais protagonismo que o Homem de Piscos, também a direita destruidora de cultura terá que ser azedamente referida para lembrar que as gravuras ainda correm sérios riscos de afogamento.

"...cancelava-se a barragem de Foz Côa, já em construção, e a benefício da preservação de uns tacanhos rabiscos numas pedras, que alguns 'sábios' e alguns oportunistas decretaram ser gravuras paleolíticas. E nem a desfeita causada pela maior autoridade mundial na matéria - que, levado a ver os rabiscos, sentenciou que o suposto Paleolítico teria entre trinta e trezentos anos"

http://expresso.sapo.pt/o-preco-da-demagogia=f359180


"O antigo ministro da Indústria e da Energia do governo de Cavaco Silva, Mira Amaral, classificou a suspensão da construção da barragem de Foz Côa com «um disparate» e acredita que, mais dia, menos dia, a barragem vai ser concluída."

Um cheirinho (sem et's):


Informações úteis: 

Urlwww.arte-coa.pt
Hórario de
funcionamento
10:00-13:30 | 14:00-17:30 - Encerra às Segundas Feiras
MoradaRua do Museu, 5150-610 Vila nova de foz Côa - Portugal
eMailmuseu@arte-coa.pt
eMailvisitas c/reservavisitas.pavc@igespar.pt
Tel.+351 279 768 260/1
Fax+351 279 768 270
GPS:41° 4'50.82"N   7° 6'35.24"W


(informações no site da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa - http://www.cm-fozcoa.pt)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ribeiro de Moinhos, Valtorno, Vila Flor



Tem Valtorno clima de montanha, tipicamente serrano. 
Nove meses de Inverno e três de inferno.


"Não há rios, só sim um

 ribeiro que nasce na 

Fonte da Taça e 

correndo com o seu 

curso pelo meio deste 

lugar e no fundo deste 

se ajunta com outros 

dois aonde incorporado 


corre precipitado, 

servindo de utilidade a 

dezoito moinhos que 

servem de suas águas e 

recriação e sustento de 

seus donos." 

(Vigário António José Vilas Boas de Mesquita, 15 de Abril de 1758)



Cheias dos Santos

Chegados fins de 

Outubro, princípios de 

Novembro, aconteciam as 

primeiras cheias em 

Valtorno - Cheias dos 

Santos.





Durante todo o Outono e 

Primavera o Ribeiro dos 

Moinhos, e mesmo no 

percurso designado "das 

Olas" corria forte e 

abundante. 






Todos os moinhos laboravam.


De Montante a Jusante do Ribeiro de Moinhos

 

  41º15'8.56'' N
  7º12'27.09'' W
















"É de lembrar a vida e a alegria que ia por todo aquele ribeiro durante a época."







41°15'7.54"N
7°12'14.45"W


























"Ali, todos os moleiros tocavam guitarra."






  41°15'7.03"N  
  7°12'8.74"W

















"Havia bailes, festas,

 divertimentos."
















Cada estrela seu moinho!
41°15'6.87"N 
7°12'7.18"W


 41°15'6.63"N 

  7°12'6.26"W

Transformado o grão em farinha, seguiam-se as operações de forno.



Lembramos que não se

faz pão sem farinha, 

que se peneira, que se 

amassa, que se tende, 

que se mete no forno, 

que no forno se coze, 

que do forno se 

retira. 





Fica por ver um Moinho de Cubo a jusante da ponte da 
Rua do Atalho.







Os textos foram retirados do livro Respigos de Valtorno, de M.ª Eugénia Pintado (Bragança, 1998)









domingo, 5 de maio de 2013

Não Sou eu


Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua 
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais 
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa


(E sentes só o que sentes, e sentes só o que sentes, e sentes só o que sentes)